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27 de julho de 2016

Marie Laveau, a Rainha Vodu

۞ ADM Dama Gótica



Marie Laveau foi uma renomada praticante de vodu dos Estados Unidos, sendo chamada até hoje de "Rainha dos Vodus". Marie Laveau ensinou e praticou a sua religião Vodu, fazendo uso de poderes mágicos para tratar de assuntos de amor, questões sociais, assuntos de negócios, problemas com inimigos e questões sexuais. 

Muito pouco é conhecido com algum grau de certeza sobre a vida de Marie Laveau. Supõe-se que ela nasceu no bairro de Nova Orleans, Louisiana (EUA), no ano de 1794, sendo filha de um rico agricultor branco chamado Charles Laveau com uma mulher negra chamada Marguerite Henry, que era praticante de magia croctaw e vodu caribenho. Em 4 de agosto de 1819, já com 25 anos, Marie Laveau casou-se com Jacques Paris, um negro livre que também era agricultor. Sua certidão de casamento foi conservada na Catedral de Saint Louis, em Nova Orleans. Eles viveram numa casa que era parte do dote dado por seu pai Charles. 



Paris morreu em 1820, em circunstâncias não explicadas. Algumas fontes afirmam que Paris simplesmente a abandonou. De qualquer forma, Marie adotou o titulo de viúva de e arranjou emprego como cabeleireira. Nessa profissão, trabalhou para famílias brancas abastadas. 

Em 1826, Marie se juntou a Luis Christopher Duminy de Glapion, com quem viveu até a morte dele, em 1835. Embora nunca tenham casado, conta-se que desta união gerou 15 filhos. Após a morte de Glapion, Marie abandonou a carreira de cabeleireira e dedicou-se inteiramente ao sacerdócio vodu. Rapidamente circularam rumores de rituais Vodus secretos, em que se adorava uma serpente chamada Zombi, e nos quais se praticavam danças, se realizavam orgias nas quais abundavam a bebida e o sexo. Tais rumores apenas atraíram ainda mais o numero de frequentadores dos cerimoniais Vodus. O curioso é que um terço (ou mais) dos adoradores desta religião eram brancos, que frequentavam os rituais e procuravam Marie com o intuito de obter poder para reaver um amor perdido, ter um novo amante, levar uma nova mulher ao leito, eliminar um sócio nos negócios, ou mesmo para destruir um inimigo. 



Em meados de 1830, haviam inúmeras rainhas Vodu lutando entre si para tornarem-se a única rainha do Vodu e assim ganharem controle sob todo o movimento religioso da área, mas Laveau devastou toda a concorrência. Uma de suas vantagens era que Marie também integrou vários elementos da religião cristã nos seus rituais, o que lhe permitia apresentar espetaculares cerimônias que conquistavam seguidores tanto entre negros, como entre brancos. Marie chegou a abrir as suas cerimônias ao publico e também convidou inúmeras pessoas e instituições a assistir aos rituais. Ela chegou a abrir portas a todos os sedentos de sensações proibidas, cobrando pelo acesso, o que tornou o Vodu bastante lucrativo pela primeira vez. Diz-se que o espírito empreendedor da Maria foi ainda mais longe, quando chegou a organizar rituais secretos onde se realizavam orgias para homens ricos.

A essa altura, Marie já era uma pessoa muito bem informada sobre o que acontecia na região, especializou-se em obter informações privilegiadas de patrões ricos, mas alega-se que seu poder provinha, na verdade, de uma rede de informantes nas casas dos figurões nas quais ela tinha trabalhado como cabeleireira, e do bordel que ela supostamente mantinha. E aparentemente, causar medo nos servos destes a quem ela "curava" de males misteriosos (os quais ela pode ter causado ou sugerido).

Em 16 de junho de 1881, os jornais de Nova Orleans publicaram que Marie Laveau havia morrido. Isto é digno de nota, porque ela teria continuado a ser vista na cidade após esta data. Afirma-se que uma de suas filhas com Luis Glapion assumiu seu nome e prosseguiu com a prática mágica após a morte dela. 

Marie Laveau foi sepultada no Cemitério de São Luís em Nova Orleans, na cripta da família Glapion. A tumba continua a atrair visitantes que desenham três cruzes (XXX) na lateral, esperando que o espírito dela lhes conceda a realização de um desejo. 


Na Ficção

  • Marie Laveau aparece em muitos romances, especialmente aqueles que abordam o oculto. Estes incluem American Gods de Neil Gaiman, The Arcanum de Thomas Wheeler,Voodoo Dreams de Jewell Parker Rhodes, Midnight Moon de Lori Handeland, Zorro de Isabel Allende, entre outros. 
  • No cinema ela é antepassada de um lobisomem em Cry of the Werewolf. 
  • Na televisão, em American Horror Story: Coven, Angela Bassett interpreta Marie Laveau como rival da Suprema Fiona Goode (Jessica Lange). 
  • No universo das HQs ela foi adversária tanto de Drácula quanto do Dr. Estranho, nos quadrinhos da Marvel Comics.




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Ruby