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11 de outubro de 2013

Simurgh

۞ ADM Sleipnir

Simurgh (SimorghSimurg, Simoorg, Simourv, conhecido também como Angha) é uma fabulosa, benevolente, e mítica criatura alada pertencente à mitologia persa. O personagem pode ser encontrada em todos os períodos da arte e literatura Iranianas, e também é evidente na iconografia da Armênia medieval, no Império Bizantino, e em outras regiões que estavam dentro da esfera da influência cultural persa. Na arte iraniana, o Simurgh é retratado como uma criatura alada na forma de um pássaro, gigantesco o suficiente para carregar um elefante e até mesmo uma baleia. Ele geralmente aparece na forma de um pavão com penas da cor de cobre, com a cabeça de um cão e as garras de um leão, mas às vezes é representado com uma face mais humana. O Simurgh é um ser de caráter benevolente e feminino. Por possuir uma parte mamífera, amamenta seus filhotes.

O Simurgh era considerado o purificador da terra e das águas e, consequentemente, concedia a fertilidade. A criatura representava a união entre a terra e o céu, servindo como mediador e mensageiro entre os dois. O Simurgh abrigava-se na Gaokerena, o Hom (avéstico: Haoma), Árvore da Vida, que fica no meio do mundo marítimo Vourukhasa. A planta, que é um potente remédio, é chamado de tudo-cura, e as sementes de todas as plantas são depositadas sobre ele. Quando o Simurgh levanta vôo, as folhas da árvore da vida sacodem fazendo todas as sementes de cada planta caírem. Estas sementes flutuam ao redor do mundo sobre os ventos de Vayu-Vata e as chuvas de Tishtrya, e segundo a cosmologia, enraizam-se para tornarem-se cada tipo de planta que já viveu, e curando todas as doenças da humanidade.

A relação entre o Simurgh e Hom e é extremamente íntima. Como o Simurgh, Hom é representado como um mensageiro e com a essência da pureza que pode curar qualquer doença ou ferimento. HOM é a essência da divindade, uma propriedade que partilha com o Simurgh. O Hōm vai além da condução de farr(ah) (Persa Médio: khwarrah, avéstico: khvarenah, kavaēm kharēno) "glória divina" ou "fortuna". Farrah por sua vez representa o Direito divino dos reis que era o fundamento da autoridade do rei.

Ele aparece como um pássaro, descansando sobre a cabeça ou os ombros de aspirantes a reis e clérigos, indicando a aceitação de Ormuzd do indivíduo como seu representante divino na Terra. Para o povo, Bahram envolve com a fortuna / glória "ao redor da casa do adorador, a riqueza em gado, como o grande pássaro Saena, assim como as nuvens carregadas cobrem as grandes montanhas" (cf Yasht 14,41,. As chuvas de Tishtrya) . Como o Simurgh, Farrah também está associado com as águas do Vourukasha (Yasht 19,51, .56-57). Em Yašt 12.17 a árvore de Simorgh (Saēna) fica no meio do mar Vourukaša, que é um potente medicamento chamado tudo-cura, e as sementes de todas as plantas são depositadas sobre ele.

No Shahname


O Simurgh fez a sua aparição mais famosa no épico de Ferdowsi, Shahnameh (Livro dos Reis), onde o seu envolvimento com o príncipe Zāl é descrito. De acordo com o Shahnameh, Zāl, filho de Sām, nasceu albino. Quando Sām viu seu filho albino presumiu que a criança era prole de demônios e abandonou a criança na montanha Alborz.

O choro da criança foi levado aos ouvidos da compassiva Simurgh, que buscou a criança e a criou como se fosse sua. Zāl foi ensinado com muita sabedoria pela amorosa Simurgh, que possui todo o conhecimento, mas o tempo passou e ele se transformou em um homem e ansiava para se juntar ao mundo dos homens. Embora a Simurgh estivesse muito triste, ela lhe deu três penas de ouro para que ele pudesse queimar se ele precisasse de sua ajuda.

Ao retornar a seu reino, Zāl se apaixonou e se casou com a bela Rudāba. Quando chegou a hora de seu filho nascer, o parto foi longo e terrível; Zāl estava certo de que sua esposa iria morrer no trabalho de parto. Rudāba estava perto da morte quando Zāl decidiu convocar a Simurgh. A Simurgh apareceu e o instruiu sobre como realizar uma cesariana poupando Rudāba e a criança, que se tornou um dos maiores heróis persas, Rostam. Simurgh também aparece na história dos Sete Julgamentos de Esfandiar e na história de Rostam e Esfandiar.


No folclore Azeri

Simurgh também atende pelo nome de Zumrud (Esmeralda). Era um antigo conto sobre Malik Mammad, filho de um dos reis mais ricos do Azerbaijão. Esse rei tinha um grande jardim. No centro deste jardim havia uma macieira mágica que produzia maçãs todos os dias. Um gigante feio chamado Div decide roubar todas as maçãs, todas as noites. O rei enviou Malik Mammad e seus irmãos mais velhos para lutar contra o gigante. No meio deste conto Malik Mammad salva os bebês de Simurgh de um dragão. Simurgh em gratidão a Malik Mammad decide ajudá-lo. Quando Malik Mammad quer passar do Mundo das Sombras para o Mundo da Luz Simurgh pede-lhe para providenciar 40 carcaças de carne e 40 odres cheios de água. Quando Simurgh põe água na sua asa esquerda e carne na sua asa direita Malik Mammad é capaz de entrar no Mundo da Luz.

Na poesia Sufi

Nas literaturas persas Clássica e Moderna a Simorg é freqüentemente mencionado, em especial como uma metáfora para Deus no misticismo sufi. No século 12 em A Conferência dos Pássaros, o poeta sufi iraniano Farid ud-Din Attar escreveu sobre um bando de pássaros peregrinos em busca da Simurgh. De acordo com o conto do poeta, a Simurgh tem trinta furos em seu bico e aspirava o vento através deles, sempre que ela estava com fome. Os animais ouviam uma música bonita e reuniam-se no pico de uma montanha, onde eram comidos pela Simurgh.

Através da assimilação cultural, a Simurgh foi introduzida ao mundo de língua árabe, onde o conceito foi confundido com outras aves míticas árabes como o Ghoghnus, um pássaro que tem uma relação mítica com a tamareira, e mais adiante com o Rukh ( a origem da palavra inglesa "Roc").


No folclore Curdo

A palavra Simurgh é encurtada para Sīmīr na língua curda. O estudioso Trever cita dois contos curdos sobre o pássaro. Estas versões tem um fundo em comum com as histórias iranianas de Simorg. Em um dos contos, um herói salva os filhotes de Simurgh matando uma cobra que estava subindo na árvore para devorá-los. Como recompensa Sīmīr (Simurgh) lhe dá três de suas penas, que o herói pode usar para pedir por sua ajuda ao queimá-las. Mais tarde, o herói usa as penas, e Simurgh transporta-o para uma terra distante. Em outro conto, Simurgh leva o herói para fora do inferno; aqui Simurgh amamenta sua cria, um traço que coincide com a descrição da Simurgh no livro de Zdspram, do Pérsia Médio. Em outro conto, Simurgh alimenta o herói na jornada, enquanto o herói alimenta Simirugh com pedaços de gordura de ovelha.

Pesquisadores do mito do Simurgh sugerem que ele pode ter surgido através da observação de uma espécie de pássaro grande que ao mesmo tempo pode ter dominado os céus sobre o Oriente Médio, embora não esteja claro exatamente qual o pássaro que serviu de plataforma original para o Simurgh . Com a considerável quantidade de tempo que se passou desde que a lenda do Simurgh começou, é quase impossível determinar exatamente onde e como este conto surgiu. Seria com base na observação real de pássaros gigantes ou talvez fosse apenas o produto da imaginação de um talentoso contador de histórias, nunca saberemos.


fontes:
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Um comentário:

  1. Quem sabe o Pássaro Simurgh esteja presente no incosciente coletivo dos habitantes da região montanhosa da Cordilheira do Himalaia, quando estes habitantes tiveram que conviver, num passado remoto, com gigantescos pássaros, ou quem sabe até mesmo com os últimos pterodáctilos que sobreviveram na região das grandes montanhas da Ásia! De qualquer forma este artigo foi muito bem escrito, apresentando muito bem o tema das aves Simurgh.

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